Para enfrentar a retração econômica causada pela pandemia do coronavírus (COVID-19), mercado imobiliário corporativo busca alternativas para minimizar a crise
O ano de 2020 começou de forma bastante esperançosa para o mercado imobiliário. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a expectativa de crescimento era de 3%; em 2019, esse número chegou a 2% – o dobro do crescimento geral do País.
As informações também eram positivas para o mercado imobiliário corporativo. No segundo semestre de 2019, pesquisas apontaram grande procura em várias capitais, principalmente por lajes corporativas de alto padrão.
Em paralelo, a construção civil também apresentou números empolgantes. No ano passado, o PIB (Produto Interno Bruto) do setor teve aumento de 0,3% – o primeiro crescimento nos últimos cinco anos.
No entanto, toda essa “onda” de otimismo foi quebrada pela pandemia do novo coronavírus (COVID-19). A seguir, veja as possíveis reações e as tendências do mercado imobiliário corporativo em tempos de crise.
Vendas pela Internet
Algumas construtoras já utilizam a Internet como principal ferramenta de comunicação com o público interessado em adquirir imóveis, como salas comerciais. Mas esse movimento deve ganhar novas proporções, agora que os negócios precisam caminhar – se não presencialmente, mas à distância.
Os tours virtuais nos sites, por exemplo, já são muito comuns no segmento residencial e podem também ser utilizados como uma ferramenta alternativa para o nicho de escritórios. Inovar nesse momento é fundamental e determinante para impedir que os investidores estacionem os negócios.
Da mesma forma, utilizar a Internet para promover vídeos e fotos do empreendimento é um bom caminho a ser seguido. Além disso, enviar documentos e assinaturas de contrato de forma online são respostas animadoras para o cenário atual.
Acordo com instituições financeiras
A CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) indica que as empresas que constroem e alugam espaços corporativos vão estreitar relações com os bancos, a fim de encontrar soluções para não prejudicar o mercado. Isso já está sendo observado no mercado imobiliário residencial. A CEF (Caixa Econômica Federal), por exemplo, instituiu diversas medidas, entre elas a paralisação do financiamento de imóveis por 90 dias.
Renegociações de contratos
Comércios e indústrias estão impedidos de atuar. Dessa forma, o faturamento já está diminuindo, o que tem levado locatários e locadores a renegociarem o contrato de aluguel – senão de forma amigável, na esfera jurídica.
Recuperação em outras crises
O Brasil já se mostrou capaz de superar situações econômicas adversas nos últimos anos. Exemplo disso foi a crise imobiliária dos Estados Unidos, que refletiu no mundo todo em 2008. O nosso País teve uma recuperação impressionante nesse setor nos cinco anos seguintes ao período. O BID (Banco de Compensações Internacionais) apontou uma valorização imobiliária anual acima de 20% até o ano 2011.
Consultoria imobiliária
Tanto locadores, quanto locatários se debruçam – mais do que nunca – em empresas de consultoria imobiliária. E agora, no momento de crise, elas podem ajudar a rever negócios, a obter dados de mercado valiosos e até mesmo a encontrar oportunidades de negócios
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